A  lua sumiu
      Péricles Alves de Oliveira              
             Bom Despacho - MG                          
Cadê a lua que estava ali ontem!?
Ali no céu... Ali em cima... Pertinho... 
Cadê a minha companheira inseparável
Dos momentos de solidão nas noites mal dormidas?

Cadê a lua!? Quero saber dela!
Neste momento, não quero outra coisa, não quero nada!
Quero a lua! Que brilha! Que acolhe! Que não reclama!
Em seu lugar, nem mesmo a mais bela das namoradas!

O que aconteceu? Porque toda esta escuridão!?
Que horror! Por que me tiraram a lua?
Querem, porventura, aumentar a minha solidão?
Que noite!.. Sem sentimentos, sem nada!

A lua não está ali!... Não está ali a lua!...
A lua de todas as horas!... Meus Deus!
A lua que conforta os loucos e inspira os poetas ...
Cadê os loucos!?... Cadê os poetas!?...

Nem mesmo posso olhar para a luz que conforta!...
O escuro, o vazio, o esquecimento...
Ó lua, vem ficar comigo mais esta noite!
Vem iluminar seu amigo de tantos encontros!... 

De tristeza estou eu hoje ainda mais triste!
Não vejo loucos nem poetas... Não vejo nada!
Não vejo minha lua! Minha amiga não está ali hoje!
Coitado deste demente, doido varrido, que precisa tanto da lua!

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“À minha família, e em particular, ao meu irmão Ronaldo”
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Péricles Alves de Oliveira além de escrever poesias, é também ensaísta com incursões pela didática de nossa língua portuguesa: “Aprendendo português”, monografia bem aceita pela comunidade estudantil, e, literário-científica, “Os mistérios do Universo”, que são  obras que pretende um dia ver editadas em livro. Agora, coleta seus poemas para edição de livro solo.
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