Lucas Alvares Hayashi      
                         Penápolis - SP                

1 dose de paciência; 2 de “saco”; Farinha do(s) mesmo(s) saco(s)  agosto, setembro. Cozer ao “... e o tempo passa”, cozinhar o galo. Coser a pura fazenda cheia de buracos confiscada pelo leão fugitivo do Imposto de Renda, roubo por lei.  Muitas colheres de chá. Prazo à saturação. Molho de pimenta-do-reino-imperialista “FMI”  (a pimenta-do-Reino-Unido saiu de uso - usada só no chá das 5, (17h) lá na época do Império, que só mudara de sufixo: “Imperialismo”) 1 pizza e meia e doses infinitas de cachaça popular; Casas populares;  “‘Leitinho” das crianças; 2 (infinidade de) xícaras de Voto de cabresto para o Sr. Pires  (com papel carbono comprovando tecnologia, senão não recebe a xícara - a autenticação mecânica é a falta de autenticidade) Piras tu:... calote, moratória...  tudo isso dá em cano, bolo... cana, cadeia fechada, em rede nacional - na nação da cachaça. (Só bêbado e prostituta e pobre) Feijoada;  Milk-shake; Cerveja, pagode, sertão, porcário ensambado, dito “popular”; Lavagem cerebral;  (quanto de “mente poluída”, “consciência pesada”, ignorância ou de burrice pouco importa) Batida de polícia, DROPS, DOPS. Tudo batido no liqüidificador, mistura má distribuída, heterogênea.  Tem que ralar muito, trabalho braçal, e não deveria, mas essa receita acaba por pedir água.  Ah! Agiota se quiser.  O quanto quiser. Agite bastante, depois, escoe na real: vaze! A receita acaba por dar “bolo”, depois da “pizza”, claro, sobre a mesa “farta”:  “farta” para o caipira. “É federal, é garantido...” A diarréia sempre é causada pelo vizinho mais pobre.  Sempre tem um mais pobre do que o miserável. Outro mais miserável do que o podre.