Fé
      João Carlos Dias Furtado        
                 Maringá - PR                    
Às vezes deixamos a vida, por erros...
A Nós, basta:
Crer no que temos
Ver o que somos
Viver o que sonhamos! 

           I
- Sim...
- Foi eu!
- O Erro, é meu.
- Tudo bem eu Errei.
- Calem-se! Foi eu, só eu...
- Meu Erro!
( brigas, badernas, tiros, mortes, desencontros, guerras, desilusão...)
- Ao certo, foi eu ... que Errei .

               II
- Mas você...
- Que me mostraste a solidão;
- Que me armara de desprezo;
- Que me escondeste na tristeza.
-      mostrando ódio, raiva, individualismo, rancor vaidade, dor...
- Sim, você!
- Acalentou meu Erro; 

Amparou a angústia;
- Criou em mim ... um coração sem vida.

             III
- Sim, confirmo...
- O Erro foi meu.
- Mas foi você,
- que calcou  meus pés em firmes prantos por onde nunca antes andará.
- Já não tenho volta, sou um caso perdido;
- Eu... Errei!
- Sou uma espécie em ascensão.

IV
- Você...
- Que me escondeste a beleza;
- tiraste de mim a vida e seus encantos;
- até mesmo de uma linda flor!
- Não sei até onde sou culpado.
- Pois não me deixaste entender o que é o Amor.
 
            V
- Mas confesso,
- Hoje, não volto atrás.
- Tenho um coração frio e uma espada na mão,
- já não desprezo o que me levou ao desprezo.
- Levo comigo, um amigo...
- eterno e único,
- meu Erro!      

***
“A todos os meus, a quem sou grato, pois partilham e formam meu jeito de ser”
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João Carlos Dias Furtado é autor que valoriza o traço, a forma e a sonoridade da poesia.  Gosta do vigor de Castro Alves ao pessimismo angustiado de Augusto dos Anjos. Fã da lírica amorosa de Camões e do mundo efêmero de Cecília Meireles. E da mescla que encontra em Carlos Drummond de Andrade, Gregório de Matos e Gonçalves Dias.
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