Estrelas que brilham desordenadas
E confundem mais a minha visão
Ofuscando o caminho das estradas
Que manda seguir minha intuição

A lua decifra-se por si só 
E assume a natural imperfeição
Atropelando estrelas sem ter dó
Não admite vê-las brilhar em vão 

As árvores murchas do pomar dançam
No ritmo dos ventos dessa fazenda
Que soam como o canto de uma lenda
Que gerações dessa fazenda contam

Diz a lenda que há lá no pomar
Escondida uma menina sozinha
Que comanda cada estrela a brilhar
Por isso que é delas a rainha

Reina desde que nasceram estrelas
Vindas da mesma lua prateada
A menina que vive para vê-las
E tê-las assim como irmãs amadas.